Comércio espera Natal melhor e já está contratando

Varejistas estão confiantes que conseguirão recuperar em 2017 as perdas do natais passados. Em 2016, a queda nas vendas do Natal no país foi de 4% frente o ano anterior, segundo o Serasa Experian, seguindo a tendência de queda dos dois anos anteriores. Já em 2017, lojistas apontam crescimento nas vendas. “Um termômetro para o varejo são os projetos para pessoas jurídicas que foram antecipados. Se pegarmos o mesmo período do ano passado, tive um crescimento nos projetos de 23% em 2017. Por isso, acredito que no varejo devemos crescer até 7% frente 2016”, afirma a empresária Cláudia Travesso, da Loja Futuro que já decorou uma de suas unidades para o Natal. Dono da loja de brinquedos Brinkel, Altair Rezende demonstra seu otimismo com investimento. “Fiz uma ampla reforma na loja e contratei 18 funcionários temporários”, conta. Ele espera que vender de 5% a 10% a mais no Natal deste ano do que vendeu em 2016.

Para a economista da CDL-BH, Ana Paula Bastos, os resultados positivos das datas comemorativas anteriores do ano são um bom sinal. “Todas as datas comemorativas apresentaram crescimento de vendas neste ano”, afirma. Ela cita o dia dos pais de 2017, 1,25% melhor do que o de 2016, que apresentou queda de 1,97% na comparação com 2015. Ana Paula pondera que se trata de uma recuperação, já que os índices anteriores são negativos. “A base de comparação é fraca, mas temos bons indícios”, concorda o economista da Fecomércio-MG, Guilherme Almeida.

Os economistas apontam a queda da inflação, dos juros e do desemprego como os principais motivadores do otimismo. “O emprego surpreendeu, já que esperávamos que os índices melhorariam só em 2018 e a melhora vem se consolidando desde o segundo trimestre de 2017. Isso aumenta a confiança do comerciante”, acrescenta Almeida.

Essa é a percepção de Alexandre Maia, da loja de decoração Casa Maia. “Estou otimista que vai vender mais porque as pessoas estão mais confiantes”, avalia. 

Comparação

1,44% devem crescer as vendas do dia das crianças em 2017

1,27% caíram as vendas do 12 de outubro em 2016 frente 2015


Dia das Crianças

Ano será melhor para 56,7% dos lojistas

A expectativa de 80% dos empresários varejistas do Estado é positiva para o dia das crianças, considerado o principal termômetro para o Natal, segundo pesquisa realizada pelo Fecomércio-MG. Entre os entrevistados, 56,7% acreditam que venderão mais neste ano na comparação com 2016, informa o economista da Federação, Guilherme Almeida. “O bom resultado do dia da criança é importante para o planejamento do Natal”, explica Almeida.

A CDL-BH divulgou uma expectativa de crescimento de 1,44% para o dia 12 de outubro, segundo a economista Ana Paula Bastos, da entidade. No ano passado, a CDL-BH registrou uma queda nas vendas do dia das crianças de 1,27%. “A entrada do FGTS no mercado e a parcela do 13º salário de aposentados, está ajudando os resultados do segundo semestre deste ano”, avalia.

A confiança nas vendas levou o empresário Altair Rezende, da loja de brinquedos Brinkel, investir em no estoque. “Estamos bem estocados e com muitos lançamentos para o dia das crianças. A sobra não preocupa muito porque imaginamos que o Natal também terá movimento”, afirma Rezende.

E-commerce. O comércio eletrônico espera faturar R$ 2,1 bi no dia das crianças, um aumento de 5% frente 2016, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico.

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Cemig quer fatia de São Simão e oferece ativos para chineses

A bancada mineira se uniu, a Cemig entrou com várias ações judiciais, buscou parceiros e até tentou empréstimo no BNDES, mas nada conseguiu impedir a venda das quatro usinas, que foram leiloadas nesta semana pela União. Para tentar remediar a perda de Jaguara, São Simão, Volta Grande e Miranda, que significam cerca de 40% da geração, a empresa estaria negociando um acordo com os chineses, que arremataram São Simão, para ficar com pelo menos um pedaço dessa, que era a maior usina da empresa. Durante uma reunião fechada com os funcionários, realizada nessa sexta-feira (29) em Belo Horizonte, o presidente da companhia, Bernardo Salomão Alvarenga, teria anunciado que, em troca, os chineses ficariam com a participação de 22,4% que a Cemig tem na usina de Santo Antônio, em Rondônia, e também com parte da Light, distribuidora que atua no Rio de Janeiro.

O negócio não seria uma surpresa. Em meados deste ano, o diretor de finanças e relações com investidores da Cemig, Adézio de Almeida Lima, chegou a confirmar que a negociação para a venda de Santo Antônio estaria avançada. Na época, quem aparecia como o mais provável comprador era exatamente o grupo chinês State Power Investment Overseas (Spic), que acabou de arrematar São Simão por R$ 7,1 bilhões, 6,5% a mais do que o esperado pela União.

Segundo a assessoria de imprensa, Alvarenga só dará informações na próxima segunda-feira. Entretanto, o possível acordo foi confirmado por trabalhadores e diretores do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais (Sindieletro). “Em palestra para os empregados, o presidente disse que ontem (28) os chineses estiveram aqui (sede da Cemig) e estariam dispostos a ceder de 40% a 45% de São Simão. Para isso, ele disse que venderia a participação da Cemig em Santo Antônio. Também citou a venda de outros possíveis ativos, como a Light”, afirmou o diretor de comunicação do Sindieletro, Arcângelo Queiroz, que participou da reunião.

Sem demissões. Durante o encontro, que teve entre os objetivo acalmar os funcionários, a diretoria garantiu que não haverá demissões, mas disse que um remanejamento será inevitável. Foi anunciada também a prorrogação do Plano de Demissão Voluntária (PDV). O prazo para as adesões, que terminaria em setembro, foi estendido para 17 de outubro, com desligamento até novembro. “Afirmaram que não haverá demissão, mas falaram em realocação entre os setores que estão com excesso de funcionários e os que estão com deficiência. Tranquilos eles (trabalhadores) não saíram, pois, o antigo presidente também tinha prometido não demitir”, explicou o diretor do Sindieletro, Jairo Nogueira, que também é secretário-geral da CUT-MG.

FOTO: Queila Ariadne
Cemig
Funcionários lotaram o auditório da Cemig para ouvir sobre como será o futuro da empresa sem as usinas

 

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Receita consulta base de dados para atualizar CPF de pessoas falecidas

A Receita Federal passará a consultar diariamente a base de óbitos da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais do Brasil para atualizar o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) falecidas. O Diário Oficial da União de sexta-feira (29) publicou a instrução normativa que dispõe sobre o CPF.

De acordo com a Receita, os CPFs que estiverem com ano de óbito informado na base de dados e em situação cadastral regular, pendente de regularização e suspensa passarão à situação cadastral “Titular Falecido”.

“A nova sistemática aumenta a transparência para a sociedade em geral sobre a real situação do contribuinte, bem como amplia a segurança jurídica, uma vez que haverá tratamento padrão para os casos de CPFs de falecidos. Além disso, a implementação inibe a fraude com CPF de pessoas falecidas”, diz a Receita.

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Setor público tem déficit primário de R$ 9,529 bilhões em agosto

Em meio às dificuldades do governo na área fiscal, o setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) apresentou déficit primário de R$ 9,529 bilhões em agosto, informou nesta sexta-feira (29) o Banco Central, por meio da Nota de Política Fiscal. Em julho, havia sido registrado déficit de R$ 16,138 bilhões e, em agosto de 2016, um déficit de R$ 22,267 bilhões.

O déficit primário consolidado do mês passado ficou perto do teto do intervalo das estimativas de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo “Projeções Broadcast”, que iam de saldo negativo de R$ 13,1 bilhões a R$ 9 bilhões. A mediana estava negativa em R$ 10,8 bilhões.

Apesar do déficit primário de R$ 9,529 bilhões em agosto, este é o melhor resultado para o mês desde 2015, quando o déficit foi de US$ 7,310 bilhões.

O resultado fiscal de agosto foi composto por um déficit de R$ 9,916 bilhões do Governo Central (Tesouro, Banco Central e INSS) Os governos regionais (Estados e municípios) influenciaram o resultado positivamente com R$ 498 milhões no mês. Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 78 milhões, os municípios tiveram resultado positivo de R$ 421 milhões. Já as empresas estatais registraram déficit primário de R$ 111 milhões.

Acumulado do ano

As contas do setor público acumularam um déficit primário de R$ 60,850 bilhões no ano até agosto. A quantia representa 1,41% do Produto Interno Bruto (PIB). No mesmo período do ano passado, havia déficit primário de R$ 58,859 bilhões (1,43% do PIB).

O resultado fiscal no acumulado de janeiro a agosto foi obtido com um déficit de R$ 78,648 bilhões do Governo Central (1,82% do PIB). Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram um saldo positivo de R$ 16,843 bilhões (0,39% do PIB).

Enquanto os Estados registraram superávit de R$ 13,428 bilhões (0,31% do PIB), os municípios alcançaram um resultado positivo de R$ 3,415 bilhões (0,08% do PIB). As empresas estatais registraram um superávit de R$ 955 milhões no ano até agosto (0,02% do PIB).

12 meses

Segundo o BC, as contas do setor público acumulam um déficit primário de R$ 157,782 bilhões em 12 meses até agosto, o equivalente a 2,44% do PIB. Este porcentual é o menor desde abril deste ano (2,27%).

O déficit primário do setor público consolidado considerado pelo governo é de R$ 163,1 bilhões para 2017, parâmetro que passou a ser referência após revisão da meta, anunciada em agosto. Essa projeção leva em conta um rombo de R$ 159,0 bilhões para o Governo Central em 2017.

Para o próximo ano, a meta do governo também é de déficit de R$ 163,1 bilhões para o setor público consolidado e de R$ 159,0 bilhões para o Governo Central.

O déficit fiscal nos 12 meses encerrados em agosto pode ser atribuído ao rombo de R$ 170,145 bilhões do Governo Central (2,63% do PIB). Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram um superávit de R$ 11,196 bilhões (0,17% do PIB) em 12 meses até agosto.

Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 10,515 bilhões, os municípios tiveram um saldo positivo de R$ 680 milhões. As empresas estatais registraram um resultado positivo de R$ 1,167 bilhão no período.

Gasto com juros

O setor público consolidado teve gasto de R$ 36,012 bilhões com juros em agosto, após esta despesa ter atingido R$ 28,482 bilhões em julho, informou o Banco Central.

O Governo Central teve no mês passado despesas na conta de juros de R$ 33,710 bilhões. Já os governos regionais registraram gasto de R$ 1,795 bilhão e as empresas estatais, de R$ 507 milhões.

No ano, o gasto com juros subiu de R$ 235,066 bilhões até julho para R$ 271,078 bilhões até agosto (6,26% do PIB).

Em 12 meses, as despesas com juros subiram de R$ 428,191 bilhões para R$ 423,527 bilhões até agosto (6,55% do PIB).

Déficit nominal

O setor público consolidado registrou déficit nominal de R$ 45,541 bilhões em agosto. Em julho, o resultado nominal havia sido deficitário em R$ 44,620 bilhões e, em agosto de 2016, deficitário em R$ 62,943 bilhões.

No mês passado, o Governo Central registrou déficit nominal de R$ 43,626 bilhões. Os governos regionais tiveram saldo negativo de R$ 1,297 bilhão, enquanto as empresas estatais registraram déficit nominal de R$ 618 milhões.

Em relação ao PIB, o déficit nominal no ano até agosto foi de 7,67%, uma soma de R$ 331,928 bilhões.

Em 12 meses encerrados em agosto, o déficit nominal correspondeu a 8,98% do PIB, com saldo negativo de R$ 581,309 bilhões.

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